Dados do Caged informam a criação de 400 mil postos de trabalho formais em outubro e demonstram o processo de recuperação da economia. O nível de atividade econômica em novembro é semelhante ao período pré-pandemia. Apenas o setor de serviços está abaixo do nível já alcançado por outros setores.
A massa salarial perdeu bastante importância nesse ano. Perdemos na ordem de 15% de ganhos na massa salarial, o que representa retração no consumo na ordem de R$15 bilhões. Houve uma tentativa de compensar a perda por meio da concessão de benefícios do governo em 2020, fato que possivelmente não se repita em 2021.
O contingente da força de trabalho, soma das pessoas ocupadas e desocupadas, caiu 3,2% em relação ao trimestre anterior, chegando a 95,5 milhões de pessoas. O número representa uma retração de 3,2 milhões de pessoas. No mesmo período, houve um aumento de 4,2 milhões de pessoas na população fora da força de trabalho, que agora é estimada em 79,1 milhões.
DESEMPREGO EM ALTA
A taxa de desemprego chegou a 14,4% no trimestre terminado em agosto, na maior taxa registrada na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), iniciada em 2012. O número de desempregados atingiu 13,8 milhões, em aumento de 8,5% frente ao trimestre anterior. São cerca de 1,1 milhão de pessoas a mais à procura de emprego frente ao trimestre encerrado em maio. Os dados foram divulgados hoje (30) pelo IBGE.
Já o número de pessoas ocupadas no país caiu 5% na comparação com o trimestre encerrado em maio, totalizando 81,7 milhões. Com essa retração de 4,3 milhões de pessoas, esse é o menor contingente já registrado na série da pesquisa. Quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior, a queda é de 12,8%, o que representa 12 milhões de pessoas a menos no mercado de trabalho.
SEM AUXÍLIO, MAIS RECESSÃO
Caso o governo estenda o auxílio emergencial na ordem de R$300 por pessoa, em 2021, o impacto nas contas públicas seria algo em torno de R$18 bilhões. E como não há previsão orçamentária para esse tipo de continuidade no momento, acelera a possibilidade de um quadro recessivo em 2021.
Extinto o auxílio ou obrigatoriedade do governo na manutenção dos empregos, a economia segue outro rumo, com as pessoas e empresas atuando com menos recursos e fazendo o máximo com menos recursos: financeiros e humanos.
Diante do agravamento do caixa das empresas, há o perigo real de se declarem inadimplentes, não conseguindo pagar seus compromissos e recorrendo à rolagem de dívida, pedidos de falência ou de recuperação emergencial.
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