O Seminário “Os Desafios na Organização da Luta por Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador foi realizado nos dias 7 e 8 de agosto, no auditório do Sindicato dos Comerciários de Belo Horizonte (SECBHR) e organizado pelo Fórum Sindical e Popular de Saúde, abordou temas relacionados à saúde dos trabalhadores e discutiu estratégias e desafios na luta por melhores condições de saúde e trabalho. O evento reuniu personalidades do debate nacional da questão, como Marta de Freitas, Engenheira Mecânica pela Universidade de Itaúna, especializada em Engenharia de Segurança do Trabalho, e Coordenadora do Fórum Sindical e Popular de Saúde e Segurança do Trabalhador e da Trabalhadora de Minas Gerais desde 2012.
Embora tenham ocorrido avanços importantes no campo da saúde, problemas antigos persistem e novos têm surgido. As conferências, seminários são momentos oportunos para a análise da história, do momento presente e das tendências que se anunciam. A compreensão do Mundo do Trabalho na atualidade e o impacto que ele produz na vida e na saúde da trabalhadora e do trabalhador tem norteado a busca do Fórum Sindical e Popular de Saúde e Segurança do Trabalhador e da Trabalhadora de Minas Gerais na luta por promoção, prevenção e cuidado com a saúde para além da ausência de doenças, acidentes e incapacitações, através da afirmação do trabalho digno, decente e seguro.
Após 36 anos da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), identificamos o fortalecimento do setor privado e do capital na área da saúde, em detrimento do interesse público e do SUS. Em questão, as estratégias de luta pelo direito à saúde necessária e possível no contexto atual. Ao longo desse período, o país mudou sua situação demográfica, epidemiológica, econômica, política e educacional, mas não superou as desigualdades sociais e as agressões ao ambiente.
TEMÁRIO EXPRESSIVO
No primeiro dia, a programação do Seminário focalizou temas a atualidade da saúde, como “Novos modelos de Regulações do Trabalho: Risco da Destruição dos Direitos Trabalhistas”; “Alterações das Normas Regulamentadoras e seu Impacto na Saúde e na Vida das Trabalhadoras e Trabalhadores”, e Saúde Mental e Trabalho”.
Na manhã do dia 8, a apresentação do tema “5ª Conferência Nacional de Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador (5ª CNSTT) e a Importância das Conferências Livres”, feita por Eduardo Bonfim da Silva, do Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e Ambientes de Trabalho (DIESAT), e Olga Oliveira Rios, Consultora da Coordenação-Geral de Vigilância e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, estimulou amplo debate entre os delegados presentes.
RELATÓRIO - Coube à Marta de Freitas apresentar o “Balanço das Atividades do Fórum Sindical e Popular de Saúde e Segurança do Trabalhador e da Trabalhadora de Minas Gerais”, tema que resumiu as ações, progressos e dificuldades encontradas pelo grupo. Compuseram a mesa com a Coordenadora, Wantuir Batista Marques, diretor do SECBHR, e Lorenza Machado, Técnica em Segurança do Trabalho e Consultora Especialista na área de Medicina e Segurança no Trabalho.
PARCERIA SINDICAL
Anfitrião do evento, João Periard, presidente do SECBHR, abriu as postas da entidade para o Fórum, por ser um instrumento para promover o debate sobre as mudanças que ocorrem nas normas regulamentadoras e no Mundo do Trabalho, a partir da avaliação do impacto na saúde provocado por essas alterações.
O sindicalista ofereceu as instalações da entidade para a realização das reuniões do Fórum Sindical e Popular de Saúde e Segurança do Trabalho, um coletivo que promove reuniões mensais e que está aberto para a participação das pessoas em geral.
Mesmo reconhecendo as dificuldades constantes que o movimento social tem de enfrentar, Vandeir Messias, presidente da Força Sindical de Minas Gerais, ressaltou que o Fórum é um coletivo que promove reuniões mensais e que está aberto para a participação das pessoas em geral.
Renato Ilha, jornalista (Fenaj 10.300)
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