12°C 23°C
Belo Horizonte, MG
Publicidade

Ontem foi o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha; hoje e amanhã também.

Em 2014, foi instituída a Lei 12.987, que definiu na mesma data o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, em homenagem à memória da “Rainha Tereza”

26/07/2023 às 09h15
Por: Renato Ilha Fonte: www.acritica.net
Compartilhe:
Esse dia é um grito de quem é força na sociedade mas ainda não tem voz
Esse dia é um grito de quem é força na sociedade mas ainda não tem voz

A importância da luta contra o racismo e o machismo enfrentados pelas mulheres negras foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), a partir da criação da Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho. A data foi instituída durante o primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, realizado em Santo Domingo, na República Dominicana, em 1992, evento que reuniu representantes de 32 países para compartilhar vivências, denunciar opressões e debater soluções para a luta contra o racismo e o machismo. A data relembra o marco internacional de luta e resistência da mulher negra para reafirmar a necessidade de enfrentar o racismo e o sexismo vivido até hoje por mulheres que sofrem com a discriminação racial, social e de gênero.

Ainda hoje a mulher negra é a principal vítima de feminicídio, das violências doméstica e obstétrica e da mortalidade materna, além de estar na base da pirâmide socioeconômica do país. Essa triste realidade é confirmada por dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que produz o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Das 1.341 mulheres vítimas de feminicídio em 2021, 62% são negras. Já nas demais mortes violentas intencionais, 70,7% são negras e apenas 28,6% são brancas.

Um dia antes (24/7), o Ministério da Cultura (MinC) organizou o encontro "Mulheres Negras nos Espaços de Poder" para celebrar o dia. "Quero homenagear a honradez, a abnegação e a força dos milhões e milhares de mulheres que foram aviltadas e hostilizadas na sua condição e sofreram os piores massacres da história da humanidade. Apesar de tanto não, de tanta dor que nos invade, somos nós a alegria da cidade", afirmou a ministra Margareth Menezes.

TEREZA DE BENGUELA

No Brasil, a data também é uma homenagem à Tereza de Benguela, conhecida como “Rainha Tereza”, que viveu no século XVIII, no Vale do Guaporé (MT), e liderou o Quilombo de Quariterê. Segundo documentos da época, o lugar abrigava mais de 100 pessoas, incluindo indígenas. Sua liderança destacou- se com a criação de uma espécie de Parlamento e de um sistema de defesa.

Tereza foi morta após ser capturada por soldados. Ainda segundo o MinC, em 2014 foi instituída a Lei 12.987, que definiu na mesma data o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, uma data em homenagem à memória da Rainha Tereza.

Líder quilombola de destaque que resistiu à escravidão durante duas décadas no século XVIII, Tereza de Benguela lutou pela comunidade negra e indígena que vivia sob sua liderança naquela época. Ela liderou a resistência da população negra à frente do Quilombo de Quariterê, no Mato Grosso.

Renato Ilha, jornalista (Fenaj 10.300)

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Belo Horizonte, MG
22°
Parcialmente nublado

Mín. 12° Máx. 23°

22° Sensação
4.12km/h Vento
48% Umidade
0% (0mm) Chance de chuva
06h28 Nascer do sol
05h24 Pôr do sol
Qua 24° 13°
Qui 25° 13°
Sex 24° 13°
Sáb 26° 13°
Dom 28° 15°
Atualizado às 16h01
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,50 +0,16%
Euro
R$ 6,32 -0,56%
Peso Argentino
R$ 0,00 +2,27%
Bitcoin
R$ 612,229,05 -3,34%
Ibovespa
138,624,40 pts -0.45%
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Lenium - Criar site de notícias