O Brasil venceu a Guiné por 4 a 1 na tarde de hoje (17), em amistoso realizado em Barcelona (ESP). Os gols foram marcados por Joelinton, Rodrygo, Militão e Vini Jr. Guirassy diminuiu para Guiné. Porém, a razão de ser da realização da partida na Espanha, foi respaldar a atitude do atacante Vinícius Jr, que atua no Real Madrid, que enfrentou seguidas manifestações racistas naquele país. Entre outras ações antirracistas em apoio a ao brasileiro, o Brasil entrou em campo com uniforme preto e houve minuto de silêncio, com os jogadores sentados no gramado.
Às 21h34 na Espanha (16h34, em Brasília), os jogadores do Brasil e de Guiné se ajoelharam ou se sentaram no gramado durante o minuto de silêncio. Pela primeira vez em 109 anos de história, a seleção brasileira estava de uniforme preto. Vinicius Junior vestia a camisa 10, imortalizada por Pelé e que, nos últimos dez anos, pertenceu a Neymar. Os jogadores, expressão mundial são negros.
O RCDE Stadium, popularmente conhecido como Estádio Cornellà-el Prat, que é propriedade do Espanyol, estava adesivado de negro neste sábado, com inscrições como “Racismo é crime”, “Com racismo não tem jogo” e “Vamos expulsar o racismo”. Até as credenciais entregues ao estafe são negras hoje.
Antes do jogo, os alto-falantes tocaram músicas de artistas brasileiros negros, como os Racionais, Claudinho e Bochecha, Ludmila, Tim Maia, Djonga, Cidade Negra e Raça Negra, entre outros. Nos telões, vídeos antirracistas embalaram a espera pelo apito inicial.
ACUSAÇÃO DE RACISMO - Felipe Silveira, amigo e assessor de Vini Jr., afirmou ter sido abordado por um segurança do estádio, que teria mostrado a ele uma banana. Houve confusão e a polícia foi chamada. “Eu quero seguir com isso por todos aqueles jovens, por todas aquelas pessoas que sofrem, que não têm a voz que eu tenho”, disse Vini Jr. antes da partida.
Fotgrafia de Joilson Marconne/CBF
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