Após período marcado por ataques a democracia, o Fórum Social Mundial volta a Porto Alegre, entre os dias 23 e 28 de janeiro. O evento, nascido em 2001 por organizações do movimento social, contará com dezenas de atividades, entre debates de natureza social, política e cultural. Com um formato mais enxuto, o evento regional, com caráter mundial, concentrará a maioria das atividades na Assembleia Legislativa do Estado. . Veja aqui a programação completa do FSM. O credenciamento será feito de 23 a 25 de janeiro, das 10h às 19h e dia 25 até 16h, na Assembleia Legislativa (ALRS). A inscrição é 1kg de alimento não-perecível para a Campanha contra a Fome da ALRS.
Na quarta-feira (25), às 17h, a tradicional Marcha do FSM tomará as ruas do Centro Histórico de Porto Alegre, a partir da concentração que ocorrerá no Largo Glênio Peres, localizado ao lado da prefeitura e do Mercado Público, e seguirá até a Praça da Matriz, quando será realizado uma manifestação de caráter política-cultural.
Os organizadores do Fórum Social Mundial destacam que com a vitória da democracia em outubro de 2022, o Brasil abriu uma janela de oportunidade para si e para o mundo na luta contra o fascismo, o racismo, o patriarcado e as desigualdades.
A edição deste ano não foi centralizada pelo chamado pelo Conselho Internacional, devido ao exíguo tempo de convocação e mobilização. Assim, o evento concentrará sua dinâmica na realização, em parceria com a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, das Atividades Autogestionadas e das Convergências nos dias 23 e 24 de janeiro, na Marcha no dia 25, no Seminário Internacional, nos dias 26 e 27 de janeiro, e no Festival Social Mundial, no sábado (28), no Parque da Redenção.
PRESENÇA DE MINISTROS DE LULA
Alguns ministros e secretários do governo federal confirmaram presença no FSM. Na terça-feira (24), às 19h, de convergência "O novo Brasil que queremos construir", no Auditório Dante Barone. Na quarta (25), às 14h, o secretário nacional de Economia Solidária, Gilberto Carvalho, estará na mesa da Economia Solidária, Tecendo Redes, Transformando Realidades,Reconstruindo o Brasil, no Dante Barone. Já na quinta-feira (26), às 16h, o Conselho Nacional de Saúde traz a ministra da Saúde, Nísia Trindade, para a sua reunião no Plenarinho da ALRS. E às 19h, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, estará na mesa Fortalecer a terra, alimentar o Brasil. Na sexta-feira (27), às 14h, o secretário-geral da Presidência, Márcio Macedo, participa da mesa Democracia Participativa e Controle Social, também no Dante Barone.
HISTÓRICO DO FSM
O Fórum Social Mundial nasceu em 2001 por organizações e movimentos sociais que, a partir de uma proposta inicial, se autoconvocaram e mobilizaram para um grande encontro em Porto Alegre, em contraposição ao neoliberalismo representado pelo Fórum Econômico Mundial, que ocorria ao mesmo tempo em Davos, na Suíça.
Os acontecimentos mundiais que sucederam ao primeiro FSM chocaram-se com os anseios de paz da humanidade. No mesmo ano 2001 vieram abaixo as Torres Gêmeas. E em nome de combater o terrorismo, o Ocidente capitaneado pelos EUA passou a justificar novas guerras e semear novas formas de terror, a estigmatizar povos inteiros por suas etnias e culturas e a perseguir violentamente os imigrantes. Armou-se sem hesitar para combater justamente a diversidade que o FSM nasceu para celebrar.
Com as primeiras edições em Porto Alegre (2001, 2002, 2003 e 2005), o FSM percorreu o mundo tendo encontros em Mumbai, Caracas, Karashi, Bamako, Nairobi, Belém, Dacar, Túnis e Montreal. Além de edições temáticas, regionais, continentais. Ao Norte da África, a construção de duas edições mundiais foi parte dos acontecimentos da chamada Primavera Árabe. No Canadá foi a primeira vez que o FSM teve realização em um país do Norte, com forte protagonismo da juventude.
Com informações da Redação do Brasil de Fato RS
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